Recapitulemos. Mozer, Júnior; Andrade, Adílio, Zico; Tita, Nunes e Lico. O Dreamteam até hoje consagrado por todos. Eu vi muito esse time jogar. Era um rato do Maracanã. E isso do meio para frente, por que ainda tínhamos Raul; Leandro e Marinho (Figueiredo). Me perdoem, se esqueci de alguém, mas dá para identificar uma espécie de saudosismo. Era o time perfeito, mas temos que olhar como um recorte de um tempo em que o futebol arte era valorizado, Jules Rimet ainda existia e ainda tinha expressões como Beque. Mas vamos ser sinceros, toda vez que vemos um time jogando bonito, feliz e com confiança, relembramos tempos em que também ficávamos felizes com nosso time. Faz tempo que temos o futebol força e o famoso “Tosco, mas aplicado”. A quantidade de jogo truncado e chato é mais comum. Sempre eficientes, mas não craques.
Ontem, no jogo do Flamengo X Cabofriense, o time rubro-negro mostrou um jogo bonito, entrosado e dando aquele gostinho de quero mais. Foi bonito de ver. A empolgação não é pessoal. A torcida do Flamengo parece sustentar o campeonato carioca, com seu comparecimento gigante no estádio, demonstrando essa confiança e alegria. A curiosidade foi a pintura do gol do Diego. Fez lembrar o de Zico. Por isso essa nostalgia. Percebam que novidade não é o número de gols, mas como jogaram. Se você relembrar jogos recentes como o 4 a 1 na Cabofriense em 2011, com gols de Wandelei, Léo moura, negueba e David zagueiro ou o 5 a 2 na Cabofriense em 2014, com dois de Alecgol. Todos os gols foram bonitos, pois tiveram assistência de todos de forma bonita, mas temos que tirar o chapéu para o do Diego. Já meu voto para o mais bonito do ano. O melhor foi a Repórter perguntando se a bicicleta do Diego foi a altura do Cristiano Ronaldo. CRISTIANO RONALDO JÁ FEZ GOL DE BICICLETA NO MARACANÃ LOTADO NUM DOMINGO À TARDE?
Ontem também o New England Patriots venceu o Super Bowl contra o Los Angeles Rams por 13 a 3. Não foi um jogo tão bonito quanto do Flamengo e nem o Maroon 5 fez um protesto contra o racismo no jogo, como pediu Roger Waters, mas a final do futebol americano é sempre uma final. TouchDown demorou. Tudo truncado e equilibrado. Gosto de um jogo mais lá e cá e com surpresas no final. Esse jogo, me deu ânimo em perceber o quanto errou e foi ineficiente Jared Goff. Não por torcer contra ele, mas saber que a experiência conta muito. A sociedade valoriza muito o jovem e no momento que o garoto poderia se consagrar o mais jovem quarterback da história, perdeu para o mais velho e experiente Tom Brady, o senhor Bündchen. Experiência é importante. Ainda sobre o show do Marron 5, A NFL tinha definido para "M" para "Maroon 5", mas na verdade foi definido como "W" para “Wumbo!” Do Bob Esponja, que deu as caras no show também!
Já no Sábado, no card do José Aldo, me surpreendeu a luta do Johnny Walker. Me trouxe a lembrança das lutas do Mike Tyson. Como eu gostava de assistir. Eram poucos segundos, mas a gente esperava para ver o tigre enjaulado solto. Tive a mesma sensação deste lutador. Johnny Walker. Que na verdade é Walker Johnny. Um lutador estilo Mike Tyson. Talvez seja genético. Ou alguma coisa que venha do leite – ou do Whisky. Mas mesmo contra minha postura de vida, a empáfia, desprezo e o jeito de quem tem certeza que vai ganhar e ganha em um tempo recorde é que fez a magia da noite. Para um lutador se destacar em um mundo que todos são mal-encarados, lutadores como ele ou Sean O’Connell, que distribui flores na apresentação das lutas, são o diferencial que o espetáculo às vezes precisa. De sobrepor o senso comum. De ser o estranho no ninho.
Tudo que o esporte foi no final de semana, se contrasta com a realidade política brasileira, que foi da vergonha da votação, com fraudes logo na partida dos trabalhos, vitória de um personagem alvo de investigação referente a abuso de poder econômico. Quando daremos um show de bola também na política?